Andropausa vs Menopausa: Entenda as Principais Diferenças

  • Saúde

Apesar de frequentemente comparadas, andropausa e menopausa são processos biológicos distintos que afetam o homem e a mulher de formas diferentes. Compreender suas causas, sintomas e abordagens terapêuticas é fundamental para um manejo eficaz e sem mitos. Neste artigo, você vai conhecer os principais pontos de convergência e divergência entre essas duas transições hormonais.


O que é Menopausa e o que é Andropausa

  • Menopausa

    • Fase da vida da mulher marcada pelo fim definitivo do ciclo menstrual.

    • Geralmente ocorre entre 45 e 55 anos, quando os ovários deixam de produzir estrógeno e progesterona em níveis reprodutivos.

    • Caracteriza-se por cessação de menstruação por 12 meses consecutivos.

  • Andropausa

    • Transição hormonal masculina, com queda lenta e gradual nos níveis de testosterona.

    • Costuma iniciar a partir dos 45–50 anos, mas sem data precisa de “início” ou “término”.

    • Não há desligamento total da produção hormonal, apenas declínio progressivo.


Diferenças Hormonais e Clínicas

Aspecto Menopausa Andropausa
Natureza da Transição Rápida e definitiva Lenta e gradual
Hormônios Principais Estrógenos e progesterona Testosterona
Início e Duração Claramente definido (última menstruação) Variável; pode durar décadas
Sintomas Cardinais Ondas de calor, suores noturnos, secura vaginal, alterações de humor mais abruptas Fadiga, queda de libido, ganho de gordura abdominal, alterações de humor mais sutis
Diagnóstico Confirmação pela ausência de menstruação e dosagem de estradiol Baseado em sintomas e dosagem de testosterona total e livre
Abordagem Terapêutica Terapia de reposição de estrógeno e progesterona Terapia de reposição de testosterona (TRH), mudanças de hábitos
Impacto na Fertilidade Fim definitivo da fertilidade Redução gradual; fertilidade pode persistir por mais tempo
Efeitos na Saúde Óssea Acelera perda de massa óssea Contribui para osteopenia, mas em ritmo mais lento
Risco Cardiovascular Aumenta após a menopausa, devido à queda de estrógenos protetores Risco moderado associado ao perfil metabólico e lipídico alterado

Mitos e Verdades

  • “Só a mulher vive uma crise hormonal”:
    Verdade: homens também experimentam sintomas reais que afetam qualidade de vida.

  • “Andropausa não é ‘real’ porque não para completamente a produção hormonal”:
    Mito: embora gradual, o declínio de testosterona causa impactos significativos e merece atenção.

  • “TRH para mulheres e homens é igual”:
    Mito: protocolo, doses e monitoramento diferem de acordo com hormônios, vias de administração e riscos específicos.

  • “Só mulheres têm ondas de calor”:
    Mito: homens podem sentir ondas de calor e sudorese, mas em menor frequência e intensidade.


Abordagens Terapêuticas Específicas

Menopausa

  1. Terapia de Reposição Hormonal (TRH)

    • Combinação de estrógeno e progesterona.

    • Diversas vias: oral, transdérmica, vaginal.

  2. Medicações Não-Hormonais

    • Inibidores de recaptação de serotonina (para sintomas vasomotores).

    • Suplementação de cálcio e vitamina D para ossos.

  3. Terapias Complementares

    • Exercícios de peso, ioga, acupuntura.

Andropausa

  1. Terapia de Reposição de Testosterona

    • Géis, injeções, adesivos ou pellets.

    • Monitoramento regular de PSA, hemograma e perfil lipídico.

  2. Mudanças de Estilo de Vida

    • Alimentação rica em zinco, magnésio e vitamina D.

    • Treinos de resistência para estimular produção hormonal.

  3. Suplementação Natural

    • Tribulus terrestris, ashwagandha, macadâmia e outros adaptógenos podem ajudar indiretamente.


Quando Buscar Ajuda Médica

  • Mulheres: após 12 meses sem menstruar, ou sintomas severos (ondas de calor, depressão, insônia) que interfiram na rotina.

  • Homens: se identificarem dois ou mais sintomas (queda de libido, fadiga, ganho de peso abdominal) persistindo por três meses; pedir dosagem de testosterona total e livre.


Conclusão

Embora andropausa e menopausa compartilhem o fato de serem transições hormonais, elas diferem em mecanismo, velocidade e manifestações clínicas. Entender essas diferenças garante tratamentos mais seguros, adequados e eficazes para cada sexo. Se você vive essa fase ou conhece alguém que esteja passando por ela, incentive a busca por orientação profissional e o autocuidado.

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