A andropausa, caracterizada pela queda gradual de testosterona em homens a partir dos 45–50 anos, pode trazer sintomas como fadiga, redução de libido, perda de massa muscular e alterações de humor. Além de dieta equilibrada e exercícios, certos suplementos naturais têm evidências científicas que indicam benefício para amenizar esses sintomas. Neste artigo, você conhecerá os principais suplementos, seus mecanismos de ação, dosagens recomendadas e precauções para usar com segurança.
Embora a alimentação seja a base, em alguns casos é difícil obter concentrações ideais de nutrientes apenas pela dieta. Suplementos podem:
Completar deficiências comprovadas por exames laboratoriais.
Potencializar vias hormonais que facilitam a produção ou a biodisponibilidade de testosterona.
Reduzir inflamação e estresse oxidativo, fatores que agravam o desequilíbrio hormonal.
Mecanismo: contém saponinas (principalmente protodioscina) que podem estimular a liberação de hormônio luteinizante (LH), indutor da produção de testosterona pelos testículos.
Evidência: estudos clínicos indicam aumento modesto de testosterona livre em homens com níveis limítrofes, além de melhora da libido.
Dosagem: 250–750 mg ao dia, preferencialmente dividido em duas tomadas.
Precauções: pode elevar a pressão arterial em indivíduos sensíveis; evite em caso de hipertensão descontrolada.
Mecanismo: rica em alcaloides e glucosinolatos, atua mais na melhora da função sexual e do humor do que diretamente nos níveis hormonais.
Evidência: ensaios sugerem redução de sintomas de disfunção sexual e leve melhora de energia e bem-estar, sem alterar níveis de testosterona total.
Dosagem: 1.500–3.000 mg por dia, em cápsulas ou pó, por períodos de 8–12 semanas.
Precauções: costuma ser bem tolerada; monitore sintomas gastrointestinais leves (gases, desconforto).
Mecanismo: atua como pró-hormônio, regulando a expressão de receptores de testosterona nos testículos e no cérebro.
Evidência: homens com deficiência de vitamina D apresentam níveis mais baixos de testosterona; suplementação em deficientes eleva níveis séricos e melhora indicadores de saúde geral.
Dosagem: 1.000–2.000 UI por dia, ajustada conforme exame sanguíneo (nível ideal 30–50 ng/mL).
Precauções: excesso pode causar hipercalcemia; controlar com acompanhamento médico.
Mecanismo: cofator enzimático essencial para produção de testosterona e para manter níveis adequados de DHT (di-hidrotestosterona).
Evidência: suplementação corrige deficiências que levam a queda significativa de testosterona e piora da função reprodutiva.
Dosagem: 15–30 mg por dia, de preferência junto à refeição.
Precauções: uso prolongado acima de 40 mg/dia pode causar deficiência de cobre e alterações gastrointestinais.
Mecanismo: aumenta a fração de testosterona livre ao diminuir sua ligação a proteínas transportadoras e contribui na produção de energia muscular.
Evidência: homens que suplementam magnésio apresentam melhora na qualidade do sono, energia e no desempenho físico, além de leve aumento de testosterona livre.
Dosagem: 300–400 mg ao dia, preferencialmente na forma de citrato ou glicinato de magnésio.
Precauções: doses acima de 500 mg/dia podem causar diarreia; ajuste conforme tolerância.
Mecanismo: adaptógeno que reduz cortisol — hormônio do estresse — e indiretamente favorece a produção de testosterona.
Evidência: estudos mostram redução significativa de cortisol e aumento de testosterona total em homens estressados que tomaram 600 mg de extrato padronizado por 8 semanas.
Dosagem: 300–600 mg de extrato padronizado (2,5% withanolides) ao dia, em cápsulas.
Precauções: evite em casos de hipertireoidismo e em uso de sedativos.
Faça exames antes de iniciar: verifique níveis de vitamina D, zinco, magnésio e perfil hormonal.
Comece com um ou dois: avalie tolerância e resultados individuais antes de adicionar mais suplementos.
Procure produtos de qualidade: marcas que ofereçam certificado de análise (COA) e boa reputação.
Monitore efeitos: mantenha um diário de sintomas e repita exames a cada 3–6 meses.
Evite excessos: doses altas sem necessidade podem causar toxicidade ou interações indesejadas.
Suplementos naturais podem ser aliados poderosos no alívio dos sintomas da andropausa, desde que usados de forma consciente e sob acompanhamento profissional. Tribulus terrestris, maca peruana, vitamina D, zinco, magnésio e ashwagandha têm mecanismos distintos que, combinados a hábitos saudáveis, potencializam os resultados.