Suplementos Naturais que Podem Aliviar os Sintomas da Andropausa

  • Curiosidades

A andropausa, caracterizada pela queda gradual de testosterona em homens a partir dos 45–50 anos, pode trazer sintomas como fadiga, redução de libido, perda de massa muscular e alterações de humor. Além de dieta equilibrada e exercícios, certos suplementos naturais têm evidências científicas que indicam benefício para amenizar esses sintomas. Neste artigo, você conhecerá os principais suplementos, seus mecanismos de ação, dosagens recomendadas e precauções para usar com segurança.


Por que considerar suplementos na andropausa

Embora a alimentação seja a base, em alguns casos é difícil obter concentrações ideais de nutrientes apenas pela dieta. Suplementos podem:

  • Completar deficiências comprovadas por exames laboratoriais.

  • Potencializar vias hormonais que facilitam a produção ou a biodisponibilidade de testosterona.

  • Reduzir inflamação e estresse oxidativo, fatores que agravam o desequilíbrio hormonal.


1. Tribulus terrestris

  • Mecanismo: contém saponinas (principalmente protodioscina) que podem estimular a liberação de hormônio luteinizante (LH), indutor da produção de testosterona pelos testículos.

  • Evidência: estudos clínicos indicam aumento modesto de testosterona livre em homens com níveis limítrofes, além de melhora da libido.

  • Dosagem: 250–750 mg ao dia, preferencialmente dividido em duas tomadas.

  • Precauções: pode elevar a pressão arterial em indivíduos sensíveis; evite em caso de hipertensão descontrolada.


2. Maca peruana (Lepidium meyenii)

  • Mecanismo: rica em alcaloides e glucosinolatos, atua mais na melhora da função sexual e do humor do que diretamente nos níveis hormonais.

  • Evidência: ensaios sugerem redução de sintomas de disfunção sexual e leve melhora de energia e bem-estar, sem alterar níveis de testosterona total.

  • Dosagem: 1.500–3.000 mg por dia, em cápsulas ou pó, por períodos de 8–12 semanas.

  • Precauções: costuma ser bem tolerada; monitore sintomas gastrointestinais leves (gases, desconforto).


3. Vitamina D

  • Mecanismo: atua como pró-hormônio, regulando a expressão de receptores de testosterona nos testículos e no cérebro.

  • Evidência: homens com deficiência de vitamina D apresentam níveis mais baixos de testosterona; suplementação em deficientes eleva níveis séricos e melhora indicadores de saúde geral.

  • Dosagem: 1.000–2.000 UI por dia, ajustada conforme exame sanguíneo (nível ideal 30–50 ng/mL).

  • Precauções: excesso pode causar hipercalcemia; controlar com acompanhamento médico.


4. Zinco

  • Mecanismo: cofator enzimático essencial para produção de testosterona e para manter níveis adequados de DHT (di-hidrotestosterona).

  • Evidência: suplementação corrige deficiências que levam a queda significativa de testosterona e piora da função reprodutiva.

  • Dosagem: 15–30 mg por dia, de preferência junto à refeição.

  • Precauções: uso prolongado acima de 40 mg/dia pode causar deficiência de cobre e alterações gastrointestinais.


5. Magnésio

  • Mecanismo: aumenta a fração de testosterona livre ao diminuir sua ligação a proteínas transportadoras e contribui na produção de energia muscular.

  • Evidência: homens que suplementam magnésio apresentam melhora na qualidade do sono, energia e no desempenho físico, além de leve aumento de testosterona livre.

  • Dosagem: 300–400 mg ao dia, preferencialmente na forma de citrato ou glicinato de magnésio.

  • Precauções: doses acima de 500 mg/dia podem causar diarreia; ajuste conforme tolerância.


6. Ashwagandha (Withania somnifera)

  • Mecanismo: adaptógeno que reduz cortisol — hormônio do estresse — e indiretamente favorece a produção de testosterona.

  • Evidência: estudos mostram redução significativa de cortisol e aumento de testosterona total em homens estressados que tomaram 600 mg de extrato padronizado por 8 semanas.

  • Dosagem: 300–600 mg de extrato padronizado (2,5% withanolides) ao dia, em cápsulas.

  • Precauções: evite em casos de hipertireoidismo e em uso de sedativos.


Como escolher e combinar suplementos

  1. Faça exames antes de iniciar: verifique níveis de vitamina D, zinco, magnésio e perfil hormonal.

  2. Comece com um ou dois: avalie tolerância e resultados individuais antes de adicionar mais suplementos.

  3. Procure produtos de qualidade: marcas que ofereçam certificado de análise (COA) e boa reputação.

  4. Monitore efeitos: mantenha um diário de sintomas e repita exames a cada 3–6 meses.

  5. Evite excessos: doses altas sem necessidade podem causar toxicidade ou interações indesejadas.


Conclusão

Suplementos naturais podem ser aliados poderosos no alívio dos sintomas da andropausa, desde que usados de forma consciente e sob acompanhamento profissional. Tribulus terrestris, maca peruana, vitamina D, zinco, magnésio e ashwagandha têm mecanismos distintos que, combinados a hábitos saudáveis, potencializam os resultados.

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